O psicólogo hoje é multitarefa: geralmente somos nós que criamos nosso conteúdo nas redes sociais, fazemos nossa agenda, que fazemos nossas planilhas de contas, coamos nosso café, etc.
Estamos cada vez mais adaptados ao mundo que muda incessantemente. E isso faz com que as nossas posições mudem, portanto, a visão da sociedade sobe nos também muda. Infelizmente, nem sempre na direção certa, o que da margem a muitos mitos sobre psicólogos e psicologia.Ok, vamos esclarecer alguns deles, pelo menos, os mais frequentes. Boralá!
As principais lendas e mitos sobre Psicólogos são:
1) O psicólogo deve mudar a mente das pessoas.
2) Psicologos podem atender pessoas da mesma familia
3) Psicólogo não pode ter problemas pessoais;
4) Psicoterapia é para a vida toda;
5) Terapia custa caro;
9) Todo mundo precisa de Psicólogo;
10) O Psicólogo só pode atender casos que ele mesmo já passou.
Esclarecendo os 10 Mitos e
Verdades sobre Psicologia e Psicólogos
1) O psicólogo deve mudar a mente das pessoas.
O mito de que o psicólogo deve mudar a mente das pessoas é equivocado e não condiz com a realidade do trabalho do psicólogo.
A função do psicólogo é auxiliar o paciente a compreender e lidar melhor com seus pensamentos, emoções e comportamentos, e não impor mudanças na mente do paciente.
O trabalho do psicólogo é baseado no diálogo, na escuta ativa e na construção conjunta de soluções para os problemas emocionais e comportamentais apresentados pelo paciente.
O psicólogo não pode mudar a mente de ninguém sem o consentimento e a participação ativa do paciente no processo terapêutico.
2) Psicólogo não pode atender parentes
De fato: não DEVEMOS atender OS NOSSOS próprios parentes, amigos ou pessoas próximas, por causa do vínculo de proximidade que faz com que não enxerguemos a situação com o distanciamento necessário para intervir.
Mas, não há impedimento de atender duas pessoas que sejam próximas, desde que não haja CONFLITO DE INTERESSES. Quem decide isso, é o próprio Psicólogo.
O Conselho Federal de Psicologia Orienta que:
"A decisão pelo atendimento é do(a) psicólogo(a), que considerará se o atendimento interferirá negativamente nos objetivos do serviço prestado, uma vez que não há nada na regulamentação que proíba especificamente o atendimento de familiares e/ou conhecidos(as).”
Fonte: https://www.crpsp.org/impresso/materia/15/manual-do-conselho-regional-de-psicologia-sp-2013
3) Psicólogo não pode ter problemas pessoais
Se isto fosse verdade, poucas pessoas poderiam ser psicólogos, não é mesmo?
A ideia de que os psicólogos não podem ter problemas pessoais é um mito.
Assim como qualquer outra pessoa, os psicólogos também enfrentam desafios pessoais e emocionais, e isso não os torna menos capazes ou qualificados para ajudar seus pacientes.
No entanto, é importante que os psicólogos estejam cientes de suas próprias questões pessoais e trabalhem para resolvê-las, de modo que não interfiram na qualidade de seus atendimentos.
É comum que os psicólogos façam terapia e supervisão regularmente para lidar com seus próprios conflitos e aprimorar suas habilidades profissionais.
Além disso, os psicólogos são treinados para manter uma postura profissional e imparcial durante seus atendimentos, e não deixar que suas próprias questões pessoais interfiram na terapia do paciente.
Isso é importante para garantir a qualidade e a eficácia do tratamento.
4) Psicoterapia é para a vida toda
A duração da psicoterapia depende das necessidades e objetivos de cada paciente, bem como da gravidade e complexidade dos seus problemas.
Em alguns casos, algumas sessões podem ser suficientes para ajudar o paciente a resolver questões pontuais e específicas.
Já em outros casos, a terapia pode ser necessária por um período mais longo para tratar questões mais profundas e complexas, como traumas e transtornos mentais.
Além disso, é importante destacar que a psicoterapia também pode ser interrompida quando o paciente atinge seus objetivos terapêuticos e sente-se capaz de lidar com suas questões sem a ajuda do psicólogo.
O importante é que a decisão de encerrar a terapia seja tomada em conjunto entre paciente e profissional, levando em consideração as necessidades e progressos do paciente.
5) Terapia custa caro
É importante ressaltar que o custo da terapia pode variar bastante de acordo com o profissional, a região e a modalidade de atendimento (presencial ou online).
Porém, é um mito acreditar que a terapia é sempre cara e inacessível para a maioria das pessoas.
Existem diversas opções de atendimento disponíveis, desde serviços gratuitos oferecidos por organizações não governamentais até atendimentos em universidades e clínicas-escola por preços reduzidos.
Além disso, muitos psicólogos particulares oferecem valores diferenciados para pacientes que não podem arcar com o valor integral da sessão, e há a possibilidade de negociação de valores.
Outra opção é utilizar planos de saúde que cobrem a terapia, ou programas governamentais de acesso à saúde mental, que podem oferecer atendimento gratuito ou com valores mais acessíveis.
É importante lembrar que investir em saúde mental é fundamental para o bem-estar e qualidade de vida, e que o custo da terapia pode ser visto como um investimento a longo prazo na saúde emocional e mental.
É obrigação do psicólogo estar aberto ao diálogo.
6) Terapia substitui a medicação.
É um mito acreditar que a terapia pode substituir a medicação, assim como também não é correto pensar que a medicação pode substituir a terapia.
Cada tratamento tem suas próprias indicações e limitações, e muitas vezes o mais indicado é uma abordagem combinada, onde a terapia e a medicação são utilizadas em conjunto para um melhor resultado.
A Psicoterapia é um tratamento psicológico que busca ajudar o paciente a compreender e lidar com seus problemas emocionais e comportamentais.
Já a medicação pode ser indicada em alguns casos para ajudar a tratar sintomas específicos, como ansiedade, depressão, transtornos de humor, entre outros.
Porém, é importante ressaltar que a medicação não é uma solução mágica e não deve ser utilizada sem uma avaliação médica adequada.
O psicólogo pode trabalhar em conjunto com um médico psiquiatra para avaliar a necessidade da medicação, definir qual é o medicamento mais adequado para o caso e monitorar seus efeitos colaterais e possíveis interações com outros tratamentos.
Em resumo, terapia e medicação são tratamentos complementares e não substitutos um do outro.
O uso de cada um deve ser avaliado individualmente e de forma personalizada para cada paciente, buscando sempre os melhores resultados possíveis.
7) O psicólogo apenas ouve o paciente
O papel do psicólogo em uma sessão de psicoterapia pode variar de acordo com a abordagem terapêutica utilizada.
Por exemplo, na psicanálise, o terapeuta geralmente adota uma postura mais receptiva e ouve o paciente de forma atenta, sem interrompê-lo ou julgá-lo.
Já em abordagens humanistas e comportamentais, o terapeuta pode ter uma postura mais ativa, fazendo perguntas e propondo atividades para ajudar o paciente a identificar e lidar com seus problemas.
De qualquer forma, é importante lembrar que o psicólogo não é um ouvinte passivo, mas sim um profissional capacitado a oferecer suporte emocional e ajudar o paciente a desenvolver novas habilidades e estratégias para lidar com seus problemas.
Mesmo na psicanálise, onde a postura do terapeuta é mais receptiva, o objetivo é ajudar o paciente a compreender seus conflitos internos e encontrar soluções para seus problemas, e não apenas ouvir passivamente.
Por isso, é importante buscar um psicólogo que utilize uma abordagem terapêutica compatível com as suas necessidades e expectativas, e que se sinta confortável com a postura do terapeuta em relação ao seu processo terapêutico.
8) O Psicólogo tem obrigação de guardar sigilo.
Esta afirmação é PARCIALMENTE verdadeira.
É Obvio que temos que guardar sob sigilo tudo o que for dito durante o atendimento, e também guardar informações referentes aos tratamento como uso de medicação, frequência do paciente, preço, forma de pagamento, etc.
Nunca sabemos como as informações sobre nosso paciente serão usadas por terceiros.
Porém, existem casos extremos.
Já ocorreram casos em que foi preciso alertar os familiares sobre risco iminente de suicídio de paciente.
Casos como este, é permitido quebrar PARCIALMENTE o sigilo do paciente e alertar a família, pois a quebra do sigilo é considerada um mal menor.
Vamos ver o que diz o Conselho Federal de Psicologia sobre o Sigilo Profissional:
60 - Em algum momento o(a) psicólogo(a) pode quebrar o sigilo?
O artigo 10 do Código de Ética dispõe
sobre a possibilidade do(a) psicólogo(a) decidir pela quebra do sigilo,
sendo que deverá estar pautado(a) pela análise crítica e criteriosa da
situação, tendo em vista os princípios fundamentais da ética profissional
e a direção da busca do menor prejuízo. É preciso analisar a situação à
luz do próprio Código de Ética considerado como um todo, por envolver um
conjunto de fatores a serem verificados: motivo da quebra de sigilo,
circunstâncias em que ocorreu, modo de operar a quebra de sigilo.
10) O Psicólogo só pode atender casos que ele mesmo já passou.
É um equívoco acreditar que o psicólogo só pode atender casos que ele próprio já passou. O que importa para o psicólogo é a sua experiência clínica, baseada nos atendimentos realizados e na formação acadêmica recebida.
Assim como um médico oncologista não precisa ter tido câncer para tratar seus pacientes, o psicólogo não precisa ter passado por um problema específico para ajudar o paciente a lidar com ele.
O importante é que o psicólogo tenha conhecimento teórico e prático sobre os temas que estão sendo tratados e esteja apto a aplicar técnicas e estratégias adequadas para ajudar o paciente.
O trabalho do psicólogo é embasado em técnicas e teorias cientificamente comprovadas, e não apenas na experiência pessoal do profissional.
É importante lembrar que cada paciente é único e pode ter necessidades e características diferentes, e cabe ao psicólogo oferecer um tratamento individualizado e adaptado às necessidades de cada um.
Outros mitos
Mito: O psicólogo é apenas um ouvinte passivo.
Verdade: O trabalho do psicólogo não se limita a ouvir o paciente. Ele utiliza técnicas e abordagens terapêuticas específicas para ajudar o paciente a superar seus problemas.
Mito: O psicólogo pode resolver todos os problemas do paciente.
Verdade: O psicólogo não tem o poder de resolver todos os problemas do paciente. Seu papel é auxiliar o paciente a encontrar soluções para seus problemas e a lidar melhor com suas emoções e comportamentos.
Mito: Psicólogos são especialistas em "ler mentes".
Verdade: Psicólogos não têm a capacidade de ler mentes. Eles utilizam técnicas e ferramentas para ajudar o paciente a expressar seus pensamentos e sentimentos de forma clara e compreensível.
Mito: A psicoterapia é apenas para pessoas com transtornos mentais graves.
Verdade: A psicoterapia pode ajudar pessoas com diversos tipos de problemas emocionais, desde transtornos mentais mais graves até problemas cotidianos, como estresse, ansiedade e problemas de relacionamento.
Mito: O psicólogo é obrigado a guardar segredo sobre tudo o que o paciente conta.
Verdade: O psicólogo tem o dever de guardar sigilo sobre as informações compartilhadas pelo paciente, exceto em situações previstas por lei, como em casos de risco de vida ou quando autorizado pelo próprio paciente.
Mito: A psicoterapia é um processo longo e interminável.
Verdade: A psicoterapia pode ser um processo de curto prazo ou de longo prazo, dependendo do problema apresentado pelo paciente e do objetivo a ser alcançado.
Mito: A terapia é muito cara e inacessível.
Verdade: Existem opções de atendimento gratuito ou com valores acessíveis, como em clínicas-escola de universidades, além de planos de saúde que cobrem a psicoterapia.
De onde vem os mitos sobre Psicólogos?
Em resumo, é importante compreender que a psicologia e os psicólogos desempenham um papel importante na promoção da saúde mental e no auxílio aos indivíduos a superarem seus problemas emocionais e comportamentais.
É preciso desmitificar ideias equivocadas sobre a psicologia e buscar informações confiáveis para entender melhor como ela pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Os mitos sobre psicólogos podem ter diversas origens. Alguns deles podem vir de concepções populares e equivocadas sobre a psicologia e a saúde mental.
Outros mitos podem ser alimentados por representações estereotipadas de psicólogos na mídia e na cultura popular, como por exemplo, a ideia de que o psicólogo é um guru que sabe tudo sobre a mente humana e pode resolver qualquer problema emocional.
Além disso, a falta de informação e o desconhecimento sobre o trabalho dos psicólogos também podem contribuir para a propagação de mitos e equívocos.
Isso pode acontecer porque muitas pessoas ainda associam a psicologia apenas ao tratamento de transtornos mentais graves e não sabem que a psicoterapia pode ajudar em diversas outras situações, como problemas de relacionamento, estresse, ansiedade, entre outros.
Por isso, é importante buscar informações confiáveis sobre a psicologia e os psicólogos para desmistificar ideias equivocadas e compreender melhor como a psicoterapia pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas.
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