O Perfil de um Dependente Emocional

O Perfil de um Dependente Emocional




O personagem fictício R. 



R, que tinha dificuldade em lidar com suas emoções. Ele sempre dependia de outras pessoas para se sentir bem consigo mesmo, buscando constantemente aprovação e aceitação dos outros.

R frequentemente se sentia perdido e confuso sobre o que fazer em sua vida, e muitas vezes se envolvia em relacionamentos tóxicos e codependentes. Ele sentia que não conseguia ser feliz sozinho e sempre procurava alguém para preencher o vazio emocional que sentia.

Seus amigos e familiares muitas vezes se preocupavam com seu bem-estar emocional, mas R se recusava a buscar ajuda profissional para lidar com seus problemas.


Além disso, R tinha uma tendência para se envolver em relacionamentos tóxicos e codependentes, sempre buscando preencher seu vazio emocional com a aprovação e amor de suas namoradas. 

Ele frequentemente colocava as necessidades de suas parceiras antes das suas próprias, e se sentia perdido e confuso quando não estava em um relacionamento.

Ele tinha medo de ficar sozinho e isso o levava a agir de maneira insegura em seus relacionamentos. Ele constantemente exigia atenção e afeto de suas parceiras, e sentia ciúmes e possessão quando elas saíam sem ele.

Suas namoradas muitas vezes se sentiam sufocadas pelo comportamento de R, mas ele não conseguia entender seus sentimentos e pensava que precisava de mais amor e atenção para se sentir seguro.

Um dia, R decidiu buscar ajuda da psicóloga sp Maristela. Ele estava cansado de viver com seus problemas emocionais e queria fazer mudanças positivas em sua vida.

Maristela começou a trabalhar com R, ajudando-o a entender suas emoções e a desenvolver habilidades para lidar com elas de maneira saudável. 

Ela o encorajou a se concentrar em si mesmo e a encontrar maneiras de se sentir bem consigo mesmo, sem depender da aprovação dos outros.

Durante suas sessões de terapia, R aprendeu a se valorizar e a estabelecer limites saudáveis ​​em seus relacionamentos. 

Ele começou a se concentrar em seus próprios interesses e hobbies, e encontrou uma nova confiança em si mesmo.

Ele também aprendeu a se comunicar melhor com suas parceiras e a estabelecer limites saudáveis ​​em seus relacionamentos. Ele percebeu que precisava se concentrar em suas próprias necessidades e interesses, e não apenas nas de suas parceiras.


O que é a Dependência Emocional 



Comportamentos característicos do dependente emocional.
é um comportamento caracterizado por uma busca excessiva por afeto e atenção por parte do parceiro, a ponto de se viver em função dele. 

Quando a relação começa a dar sinais de desgaste, os dependentes afetivos costumam utilizar estratégias humilhantes para recuperar a atenção do parceiro.


A dependência emocional é um padrão de comportamento que ocorre quando uma pessoa se sente incapaz de viver sem a presença ou aprovação de outra pessoa. 

Isso pode levar a um sentimento de desespero e ansiedade quando a pessoa em questão não está por perto ou não responde de maneira positiva às suas necessidades emocionais.

A dependência emocional pode ser causada por vários fatores, incluindo experiências passadas de abandono ou rejeição, baixa autoestima, ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental. Também pode ser influenciada por fatores ambientais, como relacionamentos abusivos ou pais superprotetores.

Os sinais de dependência emocional incluem a necessidade constante de validação e atenção, o medo intenso da rejeição e o sacrifício de interesses pessoais em prol do relacionamento. 

Esses comportamentos podem prejudicar a qualidade de vida da pessoa dependente emocionalmente, bem como a de seus parceiros.

Tratar a dependência emocional envolve trabalhar na autoestima e autoconfiança da pessoa, identificar e lidar com os gatilhos emocionais que levam à dependência e aprender habilidades de comunicação e relacionamento saudáveis. 

Terapia individual e em grupo, medicação e outras intervenções podem ser úteis, dependendo da gravidade do problema e das necessidades da pessoa.




O Perfil do dependente emocional

Uma personalidade dependente é caracterizada pela necessidade excessiva de apoio e orientação dos outros, especialmente em relacionamentos afetivos. 

Embora essa personalidade possa ser problemática em alguns aspectos, como em situações em que o dependente se torna completamente submisso ou passivo em relação a seus parceiros, nem sempre é um sinal de falta de sucesso em outras áreas da vida.

De fato, muitas pessoas com personalidade dependente conseguem ter sucesso em suas carreiras e relacionamentos sociais, mas ainda assim, sentem que precisam de um parceiro afetivo para se sentirem completas. 

Essas pessoas podem ser altamente funcionais em outras áreas da vida, mas a dependência emocional pode criar um fardo emocional que pode interferir em seu bem-estar geral.

Uma possível conclusão a partir da teoria do apego de Bowlby (1999) é que os padrões de apego estabelecidos na infância podem influenciar a forma como a pessoa se relaciona na vida adulta. 

Crianças que experimentaram padrões inseguros de apego podem ter mais dificuldades em estabelecer relações afetivas saudáveis na idade adulta, embora isso não seja uma regra.

No entanto, outro fator que pode contribuir para a dependência emocional é o atual contexto sócio-histórico. 

De acordo com Bauman (1999), estamos vivendo em uma era de liquidez, onde tudo é fluido e instável. As tecnologias modernas tornaram mais fácil trocar de parceiros, ampliando as possibilidades de escolha, mas dificultando a formação de vínculos sólidos. 

Essa realidade pode levar os indivíduos a experimentar uma "segurança líquida".

Além disso, os psicólogos cognitivos afirmam que o cérebro humano ainda não evoluiu o suficiente para lidar com a rapidez das mudanças que ocorrem na sociedade moderna. 

Nesse contexto, a necessidade de afeto, apoio, carinho, compreensão e amor permanece constante, mas não há garantias de que o outro não nos abandonará.

Algumas pessoas podem acreditar que a única forma de assegurar o amor do outro é abrindo mão de si mesmas, criando uma atmosfera de dependência emocional. 

Comportamentos característicos de Dependência Emocional


O Perfil de um Dependente Emocional: em geral, quanto maior a dependência, mais intensos serão os comportamentos exacerbados de busca pela atenção. 

Entre essas táticas, podemos destacar:

Reclamações indevidas: O dependente emocional reclama por afeto e atenção sem nenhum pudor, utilizando frases como “Me ame” ou “Lembre-se de meu aniversário”.


Aceitar ser explorado: O dependente emocional aceita ser explorado sem reclamar, como forma de garantir a sua fonte de dependência.

Aceitar o maltrato com estoicismo: Mesmo quando é maltratado, o dependente emocional tende a aceitar o comportamento abusivo com resignação.

Desvirtuar a própria essência para fazer as vontades do outro: O dependente emocional tende a se submeter às vontades do parceiro, mesmo que isso signifique ir contra os próprios valores e princípios.

Não expressar vontades e necessidades: O dependente emocional tende a dissimular suas vontades e necessidades, agindo de forma aduladora e dissimulada para agradar o parceiro e mantê-lo por perto.

Compartilhar o parceiro com outra pessoa: A maioria dos dependentes afetivos, mesmo quando o companheiro é infiel, tende a aceitar resignadamente essa situação, compartilhando a pessoa amada com outra.

É importante destacar que é normal desejar agradar e colaborar para o bem-estar do outro em um relacionamento saudável. 

No entanto, é preciso estabelecer limites saudáveis e respeitar a própria individualidade, para que o comportamento de dependência emocional não se torne um problema.


Como lidar com a Dependência Emocional

Uma forma de lidar com a dependência afetiva é por meio do autoconhecimento, o que envolve compreender as razões por trás da dependência. Para isso, é importante seguir alguns passos:

Reconhecer a condição de dependência afetiva, que muitas vezes é negada pelas pessoas, tornando o processo de tratamento mais difícil.

Buscar ajuda terapêutica para descobrir suas habilidades e aprender novas formas de lidar com os desafios da vida. A terapia comportamental pode ser útil, especialmente o treino de habilidades sociais.

Colocar em prática o aprendizado, como começar a viver parcialmente sem o parceiro, reduzindo a frequência de ligações e mensagens e aprendendo a andar com as próprias pernas.

Convivendo com a dependência emocional


Se você convive com uma pessoa que é dependente emocional, não é muito efetivo dizer "Por que você não direciona essa atenção para si mesmo(a)?" A seguir, apresentam-se alguns passos para lidar com essa situação:


O primeiro passo é analisar cuidadosamente a relação e verificar se, mesmo de maneira sutil, você não está alimentando a dependência emocional.


O segundo passo é buscar ajuda terapêutica para trabalhar gradualmente a desvinculação da dependência, o que pode ser doloroso, mas necessário. Esse processo pode ser visto como um "desmame".


O terceiro passo é encorajar a independência, demonstrando que é possível amar sem ter uma relação simbiótica ou Ouroborica (referente à cobra mitológica que se engole do próprio rabo). 

É importante lembrar que há uma grande diferença entre agir com o outro e depender do outro para agir.


As pessoas dependentes emocionais muitas vezes aprenderam a ser submissas aos outros e acreditam que esse tipo de relação é gratificante. 

É comum que essas pessoas façam grandes esforços para agradar seus parceiros em detrimento de seus próprios interesses. 

Por exemplo, algumas mulheres que amam demais podem chegar a ser espancadas pelos seus parceiros, mas ainda assim continuam a amá-los.


No entanto, esses sacrifícios nem sempre resultam em reciprocidade afetiva. 

Cada um de nós deve seguir o próprio caminho, fazendo escolhas respeitosas em relação ao caminho dos outros. 

Embora haja momentos em que seja importante compartilhar a relação, em outros é fundamental manter a individualidade para garantir a qualidade de vida e a saúde mental.


Referências
BAUMAN, Zigmunt. Amor Líquido. São Paulo. Martins Fontes; 1999

BOWLBY, John. Formação e rompimento dos vínculos afetivos. São Paulo. Martins Fontes; 1999
 
RISO, Walter, 1951-Amar ou depender? : como superar a dependência afetiva e fazer do amor uma
experiência plena e saudável / Walter Riso ; tradução de Marlova Aseff. – Porto Alegre, RS :
L&PM, 2014.


Como a Psicóloga pode ajudar

A dependência moral é um aspecto relacionado à dependência emocional em que a pessoa se torna excessivamente dependente das opiniões, valores e decisões de outra pessoa, perdendo sua própria autonomia moral. 

Nesse contexto, a pessoa tende a abdicar de seus próprios princípios e crenças em favor da aprovação e aceitação da outra pessoa.

Conforme descrito anteriormente, a dependência afetiva e moral pode ocorrer em diferentes contextos, como relacionamentos pessoais, profissionais ou até mesmo em grupos sociais. 

Essa dependência pode levar a uma sensação de despersonalização e perda de identidade, além de contribuir para o enfraquecimento da autoestima e do senso de autonomia.

A psicologia clínica desempenha um papel importante no auxílio às pessoas que lidam com a dependência moral. 

A psicóloga pode ajudar a pessoa a desenvolver uma consciência mais clara de seus próprios valores, princípios e necessidades, encorajando-a a refletir sobre suas próprias opiniões e a tomar decisões alinhadas com seus próprios valores.

A terapia também pode fornecer um espaço seguro para a pessoa explorar os padrões de dependência moral, identificar os fatores que contribuem para essa dependência e desenvolver estratégias para fortalecer sua autonomia moral. 

Isso pode incluir o desenvolvimento da assertividade, a prática de estabelecer limites saudáveis e a construção de relacionamentos baseados no respeito mútuo e na reciprocidade.

Além disso, a terapia pode auxiliar na promoção da autoconfiança e da autoaceitação, ajudando a pessoa a reconhecer seu próprio valor e a tomar decisões com base em sua própria consciência e bem-estar.

 Com o suporte adequado, a pessoa pode gradualmente superar a dependência moral e construir uma identidade mais autêntica e empoderada.







Escrito por:
Psicóloga SP  Maristela Vallim Botari - CRP/SP 06-121677. 

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As pessoas que amam demais podem encontrar na psicoterapia um suporte emocional que nem imaginava, passando a inverter os polos da afetividade.

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