O Preconceito contra os Psicólogos e a Psicologia em geral

Preconceito contra os Psicólogos.

Assim como em outras profissões, é comum encontrar profissionais da Psicologia que tenham enfrentado algum tipo de preconceito, discriminação, ou atitudes desdenhosas, no exercício de sua profissão. 
 
Apesar disso, seguimos em frente, procurando dar o melhor que nosso profissionalismo permite, mesmo em circunstâncias delicadas. 
 

Gatilhos do preconceito 


As Representações simplificadas de psicólogos 

O preconceito contra a terapia ainda é uma realidade, muitas vezes alimentado por representações distorcidas da psicologia, como por exemplo, nas mídias sociais, na Tv e no cinema, que algumas vezes retratam  a terapia como artigo de um luxo desnecessário, ou sendo consumida apenas por pessoas muito comprometidas emocionalmente.
 
Além disso, em alguns casos, criam personagens Psicólogos emocionalmente desequilibrados, ou fazendo abordagens rasas com seus clientes, ou ainda se relacionando emocionalmente com eles. 
 
Soma-se a isto falta de informação sobre a importância da saúde mental  e o que temos é um resultado catastrófico: As pessoas que mais precisam de psicólogos, acabam se afastando e repetindo frases como estas que mesmo quando são ditas sem malícia, podem ser prejudiciais. Aqui estão 5 exemplos comuns:
 
  • "Eu não acredito em psicólogo." Esta frase equipara a psicologia a uma crença ou religião, em vez de tratá-la como uma ciência da saúde. A eficácia da terapia não depende de "acreditar" nela, mas sim do método científico e da aplicação de técnicas comprovadas para ajudar as pessoas a lidar com seus problemas.

  • "Psicólogo é pra gente louca." Este é um dos maiores e mais antigos estigmas. Ele ignora o fato de que a maioria das pessoas busca terapia para lidar com questões do cotidiano, como ansiedade, estresse, luto, problemas de relacionamento ou dificuldades no trabalho. A psicologia não se limita a tratar transtornos mentais graves; ela também é uma ferramenta para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.

  • "Prefiro conversar com meus amigos, é de graça e eles me conhecem de verdade." Embora conversar com amigos seja importante e de grande valor, a terapia é um processo diferente. Um psicólogo é um profissional treinado que oferece um ambiente seguro e sigiloso, sem julgamentos. Eles possuem técnicas e ferramentas para ajudar a pessoa a ir além do simples desabafo, buscando a raiz dos problemas e desenvolvendo estratégias para superá-los.

  • "Psicólogo não sabe nada, só fica me perguntando 'o que você sente?'" Esta frase desvaloriza o trabalho do profissional e reduz a terapia a um interrogatório superficial. Na verdade, fazer perguntas é uma das formas de guiar o paciente a refletir e encontrar suas próprias respostas. O psicólogo não dá conselhos, mas auxilia a pessoa a desenvolver autonomia e resiliência.

  • "Eu não tenho tempo para ficar falando da minha vida." Essa frase desconsidera a terapia como um investimento em saúde mental. Assim como cuidamos do corpo na academia ou com uma boa alimentação, a mente também precisa de atenção. A terapia é um espaço para se dedicar a si mesmo, compreender seus padrões de pensamento e comportamento, e melhorar sua qualidade de vida.

 

Como se manifesta o Preconceito 


1. Estereótipos: 

Há estereótipos persistentes sobre psicólogos, como serem vistos como pessoas que apenas ouvem e não oferecem soluções práticas, ou que são incapazes de lidar com seus próprios problemas emocionais.

2. Desvalorização da profissão: 

Algumas pessoas podem desvalorizar o trabalho do psicólogo, achando que suas habilidades são menos importantes ou menos relevantes do que outras profissões, como médicos ou engenheiros.

3. Ceticismo em relação à terapia: 

Existe um ceticismo cultural em relação à terapia e à psicoterapia, com algumas pessoas questionando sua eficácia ou vendo a busca por ajuda psicológica como um sinal de fraqueza.

4. Desconfiança sobre a confidencialidade: 

Alguns indivíduos podem ter preocupações sobre a confidencialidade e a privacidade ao compartilhar seus problemas com um psicólogo, temendo que suas informações pessoais possam ser divulgadas.

Isso não pode acontecer porquê:

Psicólogos são obrigados por  código de ética a manter a confidencialidade das informações compartilhadas durante as sessões terapêuticas, a menos que haja uma ameaça real para a segurança do paciente ou de outras

5. Falta de compreensão sobre o trabalho do psicólogo: 

O desconhecimento sobre a amplitude do trabalho do psicólogo pode levar a mal-entendidos e preconceitos. 

Muitas vezes, as pessoas podem não perceber a diversidade de áreas em que os psicólogos atuam, desde clínica até pesquisa, ensino, recursos humanos, entre outras.

6. Estigma em relação à saúde mental: 

A associação dos psicólogos com a saúde mental pode trazer estigma. Alguns podem evitar buscar ajuda psicológica devido ao estigma social associado a problemas mentais.

7. Experiências anteriores negativas: 

Pessoas que tiveram experiências ruins com psicólogos no passado podem generalizar essas experiências, criando um preconceito contra a profissão como um todo.

Como lidar: a maioria das pessoas já teve experiências ruins com outros profissionais, e nem por isso desistem. Por exemplo, se você teve uma experiência negativa em um restaurante, certamente não vai deixar de comer fora, correto?

Tente de novo, com outro psicólogo, e saiba:

8. Culturas: 

Em algumas culturas, pode haver visões específicas sobre saúde mental e outras formas de lidar com problemas emocionais, o que pode levar a um preconceito contra psicólogos ou terapias.

Como podemos colaborar para combater o preconceito


Adotar uma abordagem Culturalmente Sensível: 

Psicólogos podem se esforçar para adotar uma abordagem culturalmente sensível em seu trabalho, reconhecendo e respeitando as crenças e práticas culturais dos pacientes. 

Isso pode incluir adaptar métodos terapêuticos para serem mais culturalmente congruentes.


 Combater esses preconceitos muitas vezes envolve educação, sensibilização e uma abordagem aberta para desmistificar o trabalho dos psicólogos, destacando sua importância e alcance na promoção da saúde mental e no bem-estar emocional das pessoas.
 

A Empatia x o Preconceito

Empatia e a compreensão são pilares fundamentais na prática da psicologia, mas ela precisa ser mútua, embora não da mesma forma. Certamente, esperamos respeito por parte de nossos atendidos. 

Frequentemente, os psicólogos optam por manter o equilíbrio entre o respeito à fragilidade emocional do paciente e a necessidade de se posicionar frente a situações de preconceito ou discriminação.

Entretanto, existe uma linha tênue entre ser empático e permitir a continuação do preconceito ou discriminação. 

Enquanto é vital acolher as emoções do paciente, também é responsabilidade do psicólogo desafiar e confrontar atitudes preconceituosas, quando apropriado, dentro do contexto terapêutico.

Como combater o preconceito contra os Psicólogos


Para combater o preconceito contra os psicólogos, é importante que a sociedade como um todo tenha uma compreensão mais ampla do papel desses profissionais e da importância do cuidado com a saúde mental.


Educação: uma das formas mais eficazes de combater o preconceito é através da educação. Os psicólogos podem oferecer palestras, workshops e outros eventos educativos para a comunidade em geral, fornecendo informações precisas e claras sobre o que é a psicologia, como ela funciona e como pode ajudar as pessoas a lidar com questões emocionais e mentais.


Supervisão ética: os psicólogos podem garantir que estão praticando de acordo com as normas éticas e profissionais, buscando supervisão regular e mantendo-se atualizados sobre as diretrizes e regulamentações da sua profissão. 

Isso ajuda a garantir a qualidade do trabalho e a prevenir práticas inadequadas ou antiéticas que possam contribuir para o preconceito contra a psicologia e os psicólogos.

Parcerias: os psicólogos podem se unir a outras organizações, como instituições de saúde, escolas, empresas e organizações sem fins lucrativos, para promover o valor da psicologia e dos serviços psicológicos na promoção da saúde mental e do bem-estar das pessoas.

Comunicação clara: os psicólogos podem garantir que sua comunicação seja clara, precisa e baseada em evidências científicas. Isso ajuda a evitar a disseminação de informações falsas ou enganosas que possam contribuir para o preconceito contra a psicologia e os psicólogos.

Quando o preconceito transcende o setting terapêutico


Como profissionais, nós, psicólogos enfrentamos não apenas preconceitos relacionados à sua área de atuação, mas também preconceitos que transcendem a esfera profissional, afetando aspectos pessoais, como etnia, idade, estado civil, orientação sexual, aparência e até mesmo o local em que oferecemos  serviços.

Além do preconceito relacionado à profissão, há situações em que a pessoa é julgada ou discriminada com base em características individuais. 

Isso pode incluir questões de raça, onde psicólogos podem ser submetidos a estereótipos ou pressupostos injustos devido à sua cor de pele ou etnia. 

Da mesma forma, idade, estado civil, orientação sexual ou mesmo a aparência física podem ser alvos de preconceito por parte de algumas pessoas.

Infelizmente, até mesmo o local em que um psicólogo pratica pode ser motivo de preconceito. 

Seja por estigmas associados a determinados bairros ou áreas, ou até mesmo por visões preconcebidas sobre a localização geográfica dos consultórios, esses aspectos podem influenciar a forma como alguns indivíduos percebem ou julgam o profissional.

Esse tipo de preconceito pessoal, que vai além da profissão em si, transcendem as atitudes e passam para o âmbito da justiça. Em outro artigo tratarei com mais detalhes dos casos mais graves.
 

Conclusão


O enfrentamento desses preconceitos exige não apenas conscientização e educação sobre diversidade e inclusão, mas também um esforço contínuo para combater estereótipos e promover a compreensão da individualidade de cada pessoa, separando suas características pessoais de sua capacidade profissional e competência no exercício da psicologia. 

É fundamental criar espaços seguros e acolhedores, livre de julgamentos, onde os indivíduos possam buscar ajuda psicológica sem o peso de estigmas ou preconceitos.
 



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  • A experiência inclui o cuidado de crianças, adolescentes, adultos, idosos e casais, com foco no tratamento de ansiedade, depressão, dificuldades de relacionamento, dependência afetiva, baixa autoestima e questões emocionais diversas.

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