A Ética na Psicologia
Psicologa sp- Maristela Vallim Botari - Psicóloga clínica na Av. Paulista
A ética na Psicologia é uma área de estudo que abrange os princípios, valores e normas que orientam a conduta dos psicólogos em sua prática profissional.
É um campo que visa promover o bem-estar dos clientes e a integridade da profissão, estabelecendo diretrizes para a atuação responsável e ética dos psicólogos.
Quais os principais conceitos éticos na Psicologia?
Dentre outras coisas, é a prática profissional respaudada pela ética, que compreende:
- Autonomia: Respeito à autonomia e à dignidade do Paciente, reconhecendo sua capacidade de tomar decisões informadas e participar ativamente no processo terapêutico.
- Beneficência: Promoção do bem-estar e do benefício dos clientes, agindo em seu melhor interesse e buscando seu crescimento e desenvolvimento.
- Não maleficência: Evitar causar danos aos clientes, garantindo a segurança e o cuidado em todas as intervenções psicológicas.
- Justiça: Garantir igualdade e equidade no acesso aos serviços psicológicos, combatendo discriminações e preconceitos.
Princípios Fundamentais
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação
de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profssional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científco de conhecimento e de prática.
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do
acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profssão.
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profssional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profssionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância
com os demais princípios deste Código.
Esses códigos fornecem diretrizes específicas para a prática ética, incluindo regras de conduta, responsabilidades profissionais e procedimentos para lidar com dilemas éticos.
Podemos nos referir à Ética como padrões de comportamento moralmente aceitos em um determinado grupo, visando a harmonia de convivência, com redução dos danos morais.
De acordo com o Conselho de Psicologia de São Paulo:
"Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos.
Traduzem-se em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus direitos fundamentais."
"Por constituir a expressão de valores universais, tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo.
As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta."
Como encontrar psicologos éticos?
Encontrar psicólogos éticos é fundamental para garantir que você receba um tratamento adequado, respeitoso e profissional.
Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a encontrar psicólogos éticos:
Verifique a credencial e licença:
Certifique-se de que o psicólogo é credenciado por órgãos reguladores relevantes e possui licença para exercer a profissão. Isso garante que ele atende aos requisitos necessários e está em conformidade com os padrões éticos estabelecidos.
Pesquise sobre o profissional:
Faça uma pesquisa sobre o psicólogo em questão.
Verifique:
Busque recomendações:
Peça recomendações a amigos, familiares ou colegas que já tenham passado por tratamento com um psicólogo ético e que tiveram uma boa experiência.
As recomendações pessoais podem ser valiosas na escolha de um profissional confiável.
Avalie a comunicação inicial:
Ao entrar em contato com um psicólogo ou Psicóloga, observe como ele se comunica com você.
Um profissional ético fornecerá informações claras sobre suas práticas, Missão, Visão e Valores Éticos, métodos terapêuticos e políticas de confidencialidade.
As redes sociais e o seu Canal de Youtube podem dar uma panorâmica, sobre a Filosofia de vida do Psicólogo e assim, você saberá o que esperar do Psicólogo.
Consulte órgãos reguladores:
No Brasil, existem os CRP's - Conselho Regional de Psicologia - de cada estado, e no Brasil o Conselho Federal de Psicoloigia.
Estes orgãos fiscalizam o trabalho dos Psicólogos.
Por exemplo, em São Paulo, SP, voce pode consultar o CRP/SP, para ter mais informações sobre psicólogos em SP.
Avalie a relação terapêutica:
Uma relação terapêutica ética é baseada em confiança, respeito e empatia.
Avalie se o psicólogo demonstra uma abordagem ética em seu tratamento e se está comprometido com seu bem-estar emocional.
Lembre-se de que encontrar um psicólogo ou psicóloga ética é essencial para garantir um tratamento seguro e eficaz.
Ao tomar o tempo para pesquisar e avaliar os profissionais disponíveis, você aumenta suas chances de encontrar um psicólogo que atenda às suas necessidades e ofereça um tratamento ético e responsável.
O Sigilo profissional
O sigilo profissional é um dos princípios éticos mais importantes na Psicologia e exige que os psicólogos mantenham a confidencialidade das informações obtidas durante o atendimento aos pacientes.
Isso significa que os psicólogos não podem divulgar, sob qualquer circunstância, informações confidenciais obtidas durante a terapia a terceiros, a menos que sejam autorizados pelo paciente ou exigidos por lei.
O sigilo profissional é essencial para criar um ambiente seguro e acolhedor para o paciente, permitindo que ele compartilhe suas experiências e pensamentos mais íntimos sem medo de ser julgado ou exposto.
Além disso, o sigilo profissional ajuda a manter a confiança e a privacidade dos pacientes, protegendo-os de possíveis consequências negativas em suas vidas pessoais ou profissionais.
No entanto, existem algumas exceções em que os psicólogos podem ser obrigados a divulgar informações confidenciais, como em casos de ameaça à vida do paciente ou de outras pessoas, casos de abuso infantil ou violência doméstica, ou exigência legal ou judicial.
Em resumo, o sigilo profissional é um princípio ético fundamental na Psicologia e exige que os psicólogos mantenham a confidencialidade das informações obtidas durante o atendimento aos pacientes, a menos que haja exceções legais ou éticas.
Manter o sigilo é essencial para criar um ambiente seguro e acolhedor para os pacientes e proteger sua privacidade e confiança.
Ética na divulgação dos preços
A ética na divulgação dos preços de terapia é uma questão importante na Psicologia.
De acordo com as normas éticas do Conselho Federal de Psicologia (CFP), os psicólogos devem divulgar claramente os valores cobrados por seus serviços, bem como as formas de pagamento, de modo que o paciente possa avaliar se é capaz de arcar com esses custos.
No entanto, a divulgação dos preços deve ser feita de forma clara, objetiva e sem induzir o paciente a acreditar que o custo da terapia é um fator determinante para a escolha do psicólogo.
Isso significa que os psicólogos não devem fazer propaganda enganosa ou prometer resultados garantidos, nem utilizar preços muito baixos como forma de atrair pacientes.
Além disso, os psicólogos devem estabelecer uma relação transparente com seus pacientes em relação aos valores cobrados pela terapia, evitando surpresas desagradáveis ou cobranças excessivas.
É importante que o paciente saiba exatamente o que está sendo cobrado, por quanto tempo e como será realizado o pagamento.
A ética na divulgação dos preços de terapia é essencial para manter a relação de confiança entre psicólogo e paciente, bem como para garantir que o paciente tenha acesso a serviços de qualidade a um preço justo.
Por isso, é importante que os psicólogos sejam claros e transparentes em relação aos seus preços e formas de pagamento, evitando qualquer tipo de exploração ou prática antiética.
ÉTICA NAS REDES SOCIAIS
A ética nas redes sociais é um tema cada vez mais importante na atualidade, especialmente na área da Psicologia.
Como profissionais da saúde mental, os psicólogos devem ter cuidado ao utilizar as redes sociais para evitar qualquer prática antiética ou violação da privacidade e confidencialidade dos pacientes.
Algumas das principais questões éticas envolvendo o uso das redes sociais pelos psicólogos incluem:
Confidencialidade: os psicólogos devem ter cuidado para não divulgar informações confidenciais sobre seus pacientes nas redes sociais, incluindo fotos, nomes ou informações que possam identificar o paciente.
Relacionamento com pacientes: os psicólogos devem evitar relacionamentos inapropriados ou conflituosos com seus pacientes nas redes sociais, incluindo conversas pessoais ou solicitações de amizade.
Publicidade: os psicólogos devem ter cuidado ao promover seus serviços nas redes sociais, evitando práticas enganosas ou sensacionalistas.
Opiniões pessoais: os psicólogos devem ter cuidado ao expressar suas opiniões pessoais nas redes sociais, especialmente sobre assuntos que possam ser considerados controversos ou que possam afetar sua relação profissional com os pacientes.
Para garantir a ética nas redes sociais, os psicólogos devem seguir as orientações do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que incluem evitar a divulgação de informações confidenciais, manter a privacidade dos pacientes e garantir que sua conduta nas redes sociais seja consistente com os princípios éticos da profissão.
Em resumo, a ética nas redes sociais é uma questão importante para os psicólogos e deve ser levada a sério para garantir a proteção da privacidade e confidencialidade dos pacientes, bem como manter a integridade e credibilidade da profissão.
A Ética com outros Psicólogos
A ética entre os psicólogos é um tema importante na profissão, e envolve questões como evitar o plágio, não fazer propaganda difamatória ou depreciativa e respeitar os colegas de profissão.
Em relação ao plágio, os psicólogos devem ter cuidado ao utilizar informações ou materiais de outros profissionais, garantindo que esses materiais sejam devidamente citados e creditados.
O plágio é uma prática antiética que pode prejudicar a reputação dos profissionais envolvidos, além de desrespeitar o trabalho de outros colegas.
Da mesma forma, é importante que os psicólogos evitem fazer propaganda difamatória ou depreciativa contra outros profissionais, já que essa prática pode prejudicar a reputação e a credibilidade da profissão como um todo.
Os psicólogos devem respeitar a concorrência saudável e evitar qualquer tipo de competição desleal ou prática antiética.
Além disso, é importante que os psicólogos respeitem os colegas de profissão, garantindo que suas condutas e práticas estejam de acordo com os princípios éticos da profissão.
Os psicólogos devem evitar qualquer prática que possa prejudicar a reputação ou a credibilidade dos colegas, respeitando sempre as diferenças e particularidades de cada profissional.
Em resumo, a ética entre os psicólogos envolve questões como evitar o plágio, não fazer propaganda difamatória ou depreciativa e respeitar os colegas de profissão.
Ao seguir esses princípios éticos, os psicólogos podem garantir a integridade e a credibilidade da profissão, bem como promover um ambiente saudável e respeitoso entre os profissionais.
Saiba mais sobre:
Referências.
Código de Ética Profissional do Psicólogo. [Online].
Disponível em
http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/codigo/fr_codigo_etica_new.aspx.
Acesso em 13 de maio de 2020.
BERGSON, Henri. Cursos sobre a filosofia antiga. Tradução de Bento Prado Neto. São Paulo: Martins Fontes, 2005.