O Mito da perfeição e o Cisne Negro


Uma Reflexão com a Psicóloga sp

Maristela Vallim Botari


O Mito da perfeição e o Cisne Negro


A busca incessante pela perfeição é um tema recorrente em nossa sociedade.

Muitas vezes, somos levados a acreditar que a perfeição é um padrão a ser alcançado, mesmo que isso signifique sacrificar outras áreas importantes de nossas vidas.
É nesse contexto que o filme "Cisne Negro" oferece uma visão intrigante e penetrante sobre o mito da perfeição.

Como a Psicologia pode ajudar?
Se você é alguém que se sente compelido a buscar a perfeição em detrimento da excelência, a jornada da protagonista Nina Sayers no filme pode ressoar profundamente.

A pressão implacável que ela coloca sobre si mesma para ser a perfeita bailarina de "O Lago dos Cisnes" serve como um lembrete perturbador dos extremos que essa busca pode levar.
Nesse ponto, a orientação e o apoio de uma Psicóloga como Maristela Vallim Botari podem ser inestimáveis.

Através de abordagens como a terapia cognitivo-comportamental, a psicóloga pode ajudar a identificar padrões de pensamento disfuncionais relacionados à busca pela perfeição.

Ao explorar o filme e suas implicações, você pode desvendar as expectativas irrealistas que podem estar afetando sua vida.

A Psicologia ajuda a superar:

1) O mito da perfeição;
2) o Narcisismo
3) a Inveja
4) o relacionamento com pessoas Narcisistas.

A abordagem da Psicóloga Maristela

A Psicóloga Maristela acredita que a busca pela excelência é mais saudável do que a busca obsessiva pela perfeição.

Encontrar um equilíbrio entre se esforçar para fazer o seu melhor e aceitar a si mesmo com suas imperfeições é um objetivo valioso.

Ao explorar suas expectativas pessoais e padrões autocríticos, você pode começar a se libertar das amarras do mito da perfeição.
Ao assistir ao fiplme e refletir sobre suas próprias aspirações, pode ser benéfico considerar uma visita à Psicóloga Maristela Vallim Botari.

No seu consultório na Avenida Paulista, ela oferece um espaço seguro e acolhedor para explorar suas preocupações, questionamentos e desafios.

Por meio de conversas construtivas, você pode começar a redefinir seus objetivos e perspectivas, permitindo que a excelência floresça sem os fardos da perfeição inatingível. Em última análise, a jornada para a saúde emocional e o bem-estar começa com a conscientização e a vontade de explorar novas perspectivas.

Com a orientação da Psicóloga Maristela Vallim Botari, você pode se libertar do ciclo de busca pela perfeição e, em vez disso, abraçar a busca pela excelência e pelo crescimento pessoal.


Sinopse

Estrelado por Natalie Portman, o filme retrata a história de Nina Sayers uma bailarina, solteira, que vive com a mãe narcisista e é escolhida para interpretar a personagem principal e acaba se tornando uma dançarina assustadoramente perfeita.


A busca pela perfeição


A busca pela perfeição  faz com que Nina treine dia e noite, levando-a a histeria, e desencadeando alguns surtos esquizofrênicos. 

Ela passa a ter alucinações que são povoadas de fantasias narcisistas. 


Nina e a a relação com a mãe Narcisista

Observa-se na relação entre a mãe e a filha uma dinâmica de cuidado excessivo, com atitudes que infantilizam a filha, como ajudá-la a vestir o casaco e decorar o quarto com objetos associados à infância. 

Tal comportamento pode ser considerado como uma forma de dominação psicológica.

A compra do bolo confeitado para a filha, que está em preparação para uma apresentação de ballet, pode ser vista como uma sabotagem, considerando a pressão para manter a aparência física de uma bailarina.

A mãe interfere diretamente em questões profissionais da filha, tomandoi inciativas, como ligar para a secretaria da companhia para reclamar de uma situação que poderia ter sido resolvida pela própria Nina, demonstrando uma atitude de controle.

Quando a filha sai com uma rival, a mãe passa a sabotá-la de forma aberta, deixando de acordá-la no horário adequado.

Por fim, a filha demonstra resiliência ao superar as dificuldades impostas pela mãe e interpretar com sucesso os dois cisnes na apresentação de ballet.


Análise Psicológica do Filme - Melanie Klein


Conceituação.

Inveja e Gratidão de Melanie Klein

Quando é muito intensa, pode interferir nos mecanismos esquizoides, pois dificulta do processo de divisão (splitting) onde surge um objeto bom e um objeto perseguidor. 
Ao ser danificado este objeto bom origina-se a inveja e isso conduz a “confusão entre o bom e o mau” (Segall, p. 53)
A fim de não se sobrepor à mãe que foi no passado uma bailarina medíocre, 
Nina vive o dilema de ser a melhor estrela da companhia ou não se sobresair para preservar a mãe. (confusão entre o bom e o mau).

Essa atitude assemelha-se ao que Klein chama de INVEJA E GRATIDÃO, pois Nina demonstra inveja da mãe ao querer se tornar uma bailarina também, e sua gratidão está implícita no fato de não querer se sobresair, vivendo timidamente, o que a prejudica na desenvoltura do papel.

Porém ela se sobresai. E a situação se inverte. A mãe passa a sentir inveja da filha que foi mais longe do que ela própria havia conseguido (pois jamais saiu do corpo de baile). 

A reparação é feita a partir do bolo confeitado, mencionado acima, mas essa reparação tem um certo “sabor” de inveja pois a filha não deve comer doces, especialmente às vésperas da apresentação.

A mãe é a personificação da Inveja e do ciúme, percebendo que a filha pode obscurer sua modesta carreira, fica apavorada quando percebe que esta se destaca e passa a ter  atitudes destrutivas em relação à filha, numa tentativa de destruir esse objeto bom, gerador de vida e talento, que a mãe se recusa a aceitar.

Splitting

A principal realização dessa fase é o splitting, ou divisão do ego que permite a este ordenar suas experiências e classificar os objetos em bons ou maus. Mais tarde este splitting será responsável pelo discernimento no adulto e também a base para a repressão (Segall, p. 46).
A partir do rompimento interno com a mãe, expresso numa cena em que Nina quebra a caixinha de música e joga fora seus ursinhos, ela poderia estar revivendo 

A Posição depressiva. Somente nesse momento Nina percebe que ela é um ser independente dessa mãe castradora, que a controla de todas as formas possíveis. 

Quando se desfaz dos brinquedos, está se desfazendo dessa mãe internalizada que há 30 anos habita dentro de si.

Identificação projetiva

A leitura que se aproxima dos conceitos Kleinianos é feita a partir da identificação projetiva que conforme aponta Segall, “da-se quando as partes do self são expelidos e projetados num objeto externo, que se torna controlados por partes projetadas, identificando-se com elas (p. 39) e tem inicio quando a posição esquizoparanoide é estabelecida em relação ao seio, [...] Este mecanismo de defesa produz [...]o medo da retaliação por parte do objeto atacado; ansiedade por dar-se conta de que partes de si mesmo estão no objeto. (Segall, p. 42).
No filme essa identificação projetiva se dá quando Nina, em suas alucinações percebe os quadros pintados pela mãe se mexendo, perseguindo-a (ansiedade persecutória). 

Seu pavor fica evidente pela forma apressada que deixa o recinto onde os quadros estão expostos.

Voracidade.

Segall postula que a voracidade “consiste em extrair toda bondade do objeto sem considerar as consequências, o que pode resultar na destruição deste objeto e de sua bondade”. (Segall, p. 52)

Esta voracidade é pontuada de diversas formas no decorrer do filme, como pro exemplo:

Afanar objetos pessoais da bailarina Betty, considerada até então a mais perfeita; bem como tem ideações destrutivas acerca de sua rival


Nas suas alucinações Nina se vê ameaçada por estas pessoas, como se fossem objetos maus e persecutórios e sempre os destrói. 


Apenas para concluir.


A inveja é um conceito que devemos aplicar no cotidiano com muita cautela.  

A inveja que atribuimos aos outros, pode estar dentro de nós (projeção). Por isso, sempre que houver um “invejoso” por perto é sempre bom questionar “ o que ele tem que eu não tenho?”. 

Conheci pessoas que achavam que o mundo inteiro tinha inveja de si e que no entanto não conseguiam conceber a alegria alheia, não aprenderam a desejar o bem, não aprenderam a viver em paz, nem desfrutar da felicidade alheia.

Outros negam-se a enxergar as qualidades alheias, numa atitude de destruição ao objeto bom, atitude típica da inveja. Essa destruição internalizada lhes traz algum conforto? 

Não sei dizer, isso é muito subjetivo....

Aqui precisamos de bom senso e muita reflexão!

Fique em paz!

Referências:


SEGALL, Hanna. Introdução a obra de Melanie Klein.Imago. Rio de Janeiro, 1975.


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1 Comentários

  1. Muito, muito bacana!!
    A gente pode começar a sugerir filmes também??? rss

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