Gastos compulsivos: o que são e como a terapia ajuda
Se você tem tendência a comprar impulsivamente, sem reflexão prévia, vale a pena parar e investigar as emoções por trás desse comportamento. Gastos compulsivos, consumismo e “gastança” costumam ter raízes emocionais — ansiedade, tristeza, tédio ou estresse podem disparar a necessidade de comprar para obter alívio momentâneo.
Por que isso acontece?
Ao comprar, a pessoa muitas vezes sente um alívio ou prazer temporário. Esse alívio é efêmero, o que pode levar a um ciclo: compra → alívio breve → remorso/vazio → nova compra. Além disso, vivemos numa cultura que frequentemente valoriza o ter em detrimento do ser, reforçando a busca por bens como fonte de satisfação.
Gatilhos emocionais e padrões
- Emoções desconfortáveis (ansiedade, tristeza, frustração) como gatilhos.
- Busca por preenchimento de um vazio emocional através do consumo.
- Satisfação momentânea seguida de arrependimento e culpa.
Aspectos cognitivos do consumismo
Entender os processos mentais que influenciam o consumo ajuda a explicar por que tantas decisões de compra são impulsivas.
Principais pontos
- Publicidade e influência: campanhas, imagens e narrativas persuasivas moldam percepções e desejos.
- Comportamento de rebanho: consumimos também para pertencer ou imitar modelos sociais.
- Gratificação instantânea: priorizamos recompensas imediatas em detrimento de objetivos a longo prazo.
- Decisão impulsiva: avaliações rápidas favorecem a ação imediata sobre a reflexão.
- Ilusão da necessidade: produtos são apresentados como essenciais para felicidade ou sucesso.
Como a psicoterapia pode ajudar
A terapia oferece ferramentas para interromper o ciclo de compras compulsivas e construir uma relação mais consciente com o dinheiro e o consumo.
O que a terapia trabalha
- Identificação das causas: explorar fatores emocionais e históricos (ansiedade, depressão, autoestima, traumas).
- Consciência e autocontrole: reconhecer gatilhos e aprender estratégias para postergar ou evitar a compra impulsiva.
- Alternativas saudáveis: desenvolver novas formas de lidar com emoções (técnicas de relaxamento, atividades prazerosas não consumistas).
- Desconstrução de crenças: trabalhar crenças disfuncionais sobre sucesso, imagem e felicidade ligada ao consumo.
- Planejamento financeiro e metas: criar orçamento, prioridades e limites para reduzir o risco de gastos descontrolados.
- Fortalecimento da autoestima: diminuir a necessidade de validação por meio de aquisições materiais.
- Técnicas de tomada de decisão: aprender a avaliar necessidades reais e consequências a longo prazo antes de comprar.
Abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) são frequentemente utilizadas para modificar pensamentos e comportamentos relacionados ao consumo impulsivo.
Como a Psicóloga Maristela pode ajudar
A psicóloga SP Maristela Vallim Botari (CRP/SP 06-12-1677) trabalha investigando as motivações subjacentes aos impulsos financeiros e oferecendo estratégias práticas para interromper o ciclo do consumo compulsivo.
O que esperar em terapia
- Avaliação dos gatilhos emocionais e das crenças relacionadas ao consumo.
- Construção de habilidades de enfrentamento e autocontrole.
- Planejamento de metas financeiras realistas e criação de um orçamento sustentável.
- Trabalho para fortalecer autoestima e autoaceitação.
Pensando em procurar terapia?
Se você percebe que as compras têm prejudicado suas finanças, atrapalhado suas relações ou gerado sofrimento emocional, a terapia pode ser um caminho valioso. Agende uma primeira sessão (presencial ou online) para avaliar seu caso e começar a transformar esse padrão.
Recursos rápidos para começar
- Registre suas compras por 14 dias e observe gatilhos (onde, quando, como se sentiu).
- Antes de comprar, espere 24 horas — muitas compras impulsivas são descartadas com tempo.
- Crie um orçamento simples e uma conta reserva para emergências.
- Substitua compras impulsivas por atividades que proporcionem bem-estar (ex.: caminhada, conversar com amigo, hobby).

