A TCC, baseada no trabalho de Aaron T. Beck, de fato considera que pensamentos, sentimentos e emoções estão interligados em uma reação em cadeia — a forma como interpretamos uma situação (nossos pensamentos) afeta diretamente como nos sentimos e como agimos. Os pensamentos automáticos são esses pensamentos rápidos e superficiais que surgem sem esforço, e quando eles apresentam erros de lógica ou encadeamento, são chamados de disfuncionais ou distorções cognitivas.
Principais Distorções Cognitivas (Pensamentos Disfuncionais) na TCC
Aqui está uma reescrita e aprimoramento da sua lista, organizada para maior clareza:
1. Erros de Lógica e Evidência
Inferência Arbitrária ou Leitura Mental: A crença de que se sabe o que os outros estão pensando, sentindo ou planejando, sem ter nenhuma evidência para isso (Ex: "Tenho certeza de que ele está me achando um idiota").
Adivinhação do Futuro (Profecia Autorrealizável): A antecipação rígida e negativa de que eventos futuros ruins certamente ocorrerão, mesmo que isso seja improvável (Ex: "Vou falhar nessa apresentação, não há o que fazer").
Desconsideração dos Elementos Positivos (Filtro Negativo): A rejeição sistemática de experiências, qualidades ou fatos positivos, mantendo o foco exclusivo no negativo (Ex: Receber dez elogios e uma crítica, e focar apenas na crítica, desvalorizando os elogios).
Abstração Seletiva (Foco no Detalhe): Focar em um único detalhe negativo da situação, ignorando o contexto mais amplo e a complexidade do todo (Ex: Um chef de cozinha ignora o sucesso do seu restaurante e fica remoendo um prato que não ficou perfeito).
2. Categorização Rígida e Extrema
Pensamento Dicotômico ou Polarização ("Tudo ou Nada"): A tendência de ver as situações, pessoas ou a si mesmo apenas em categorias extremas (bom ou mau, perfeito ou terrível, sucesso total ou fracasso completo). Não existe meio-termo (Ex: "Se não for o melhor, sou um fracasso total").
Rotulação: Reduzir a complexidade de uma pessoa ou situação a um único traço negativo, frequentemente usando rótulos fixos e globais (Ex: Em vez de "Cometi um erro", pensar "Eu sou um completo perdedor").
Hipergeneralização ou Supergeneralização: Enxergar um único evento negativo como um padrão de derrota sem fim. É o famoso "um raio nunca para de cair no mesmo lugar" (Ex: "Não fui bem nessa entrevista, então nunca vou conseguir um bom emprego").
3. Ampliação e Interpretação Subjetiva
Magnificação e Minimização ("Telescópio"): A tendência de ampliar (magnificar) a importância de erros, falhas ou aspectos negativos, enquanto se reduz (minimiza) a importância de acertos, sucessos ou aspectos positivos.
Catastrofização: A tendência de imaginar a pior consequência possível de um evento, mesmo que altamente improvável, focando em um desfecho terrível (Ex: "Se eu me atrasar 5 minutos, serei demitido e ficarei na miséria").
Raciocínio Emocional ou Emocionalização: Assumir que um sentimento é uma prova incontestável da realidade (Ex: "Sinto-me culpado, logo, devo ter feito algo terrível" ou "Sinto medo de avião, então viajar de avião deve ser perigoso").
4. Responsabilidade e Regras Rígidas
Personalização: A tendência a sentir-se excessivamente responsável por eventos externos que estão além do seu controle. (É a "Síndrome do Super-herói" ou sentir-se o centro de todas as ações alheias) (Ex: "O mau humor dela hoje deve ser minha culpa").
Imperativo ou Declaração de Obrigatoriedade ("Deveria" / "Tenho que"): Interpretar os fatos e eventos em termos de regras rígidas e inflexíveis sobre como você ou os outros deveriam ou têm que se comportar. Essas declarações geram culpa (quando direcionadas a si) ou raiva e frustração (quando direcionadas aos outros) (Ex: "Eu tenho que ser sempre perfeito no trabalho").
Referência Principal:
Beck, Aaron T. Terapia Cognitiva e as Desordens Emocionais. New York: Meridian, 1979.
Atendimentos Psicológicos
- Tratamentos Psicológicos Mais frequentes:
- Ansiedade
- Depressão
- Dificuldade de relacionamentos
- Problemas familiares
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