A Psicologia do Amor Correspondido
Psicóloga SP Maristela Vallim Botari CRP-SP 06-121677.
Introdução
No intricado universo das emoções, a Psicologia do Amor Correspondido emerge como uma área fascinante e vital para o entendimento das relações afetivas.
Em meio aos anseios, alegrias e desafios que permeiam o tecido do amor, a Psicóloga sp Maristela propõe-se a explorar e desvendar as complexidades emocionais que envolvem o amor correspondido.
Neste cenário emocionalmente rico, vamos mergulhar nas nuances e descobertas que moldam as experiências de um amor que ressoa de maneira recíproca, sob a orientação acolhedora da Psicóloga, buscando compreender como essas dinâmicas impactam nosso bem-estar emocional e enriquecem nossa jornada de relacionamentos.
Foi por isso que, em uma tarde de quarta-feira, ela resolveu marcar uma
consulta com a
psicóloga
Maristela.
S. queria entender melhor seus sentimentos e encontrar uma
forma de lidar com as suas inseguranças.
Na primeira sessão, S. falou sobre as suas experiências passadas e
sobre as suas preocupações em relação ao presente. Ela explicou que
estava passando por um momento em que sentia que a relação com seu
parceiro não estava avançando e que ela estava com medo de ser
rejeitada.
Maristela escutou atentamente todas as preocupações de S. e, com muita
empatia, começou a ajudá-la a entender melhor as suas emoções. Ela
explicou que a insegurança é um sentimento comum e que muitas pessoas
passam por isso em relacionamentos amorosos.
Com o tempo, Maristela ajudou S. a entender que o amor não pode ser
medido por provas objetivas e que cada pessoa expressa seus sentimentos
de maneiras diferentes.
Ela também ajudou S. a desenvolver sua autoestima e a se valorizar mais
e superar suas inseguranças e construir uma relação mais saudável
com seu parceiro. Ela aprendeu a confiar mais em si mesma e a perceber
os sinais de amor que seu parceiro lhe enviava.
S. foi capaz de encontrar a tranquilidade e a felicidade em seu
relacionamento. Eles se tornaram um casal mais unido e confiante,
capazes de enfrentar juntos os desafios que a vida lhes
apresentava.
A Psicologia do Amor Correspondido
Pesquisas na área da psicologia e neurociência mostram que o amor correspondido pode ser benéfico para a saúde mental.
Isso porque a correspondência amorosa é geralmente associada a sentimentos de segurança, estabilidade e felicidade.
A psicologia entende o amor correspondido como uma relação em que
ambos os parceiros se amam e demonstram esse amor de forma
recíproca.
Para a psicologia, o amor correspondido é um estado emocional positivo
que é caracterizado por um sentimento de bem-estar, felicidade,
segurança e tranquilidade na relação amorosa.
De acordo com a psicologia, o amor correspondido pode ser entendido
como uma relação equilibrada, em que os parceiros se sentem
confortáveis e seguros um com o outro.
É uma relação em que há
comunicação e compreensão mútuas, onde os parceiros estão dispostos a
se apoiar, respeitar e se comprometer com o outro.
No entanto, a psicologia também destaca que nem sempre é fácil manter
um amor correspondido. As dificuldades podem surgir quando há
desequilíbrio na relação, como quando um dos parceiros investe mais do
que o outro ou quando há falta de comunicação e compreensão mútuas.
Nesses casos, é importante que os parceiros se comuniquem e trabalhem
juntos para superar essas dificuldades, para que possam manter um amor
correspondido e saudável. A psicologia enfatiza a importância de se
desenvolver habilidades de comunicação e resolução de conflitos, bem
como a necessidade de cultivar a empatia e o comprometimento na
relação amorosa.
Seu amor é correspondido?
Ao perguntar às pessoas em relacionamentos se elas se sentem amadas, a resposta geralmente é "sim". Mas o que as leva a pensar assim?
Muitas vezes, a confusão entre atração, desejo, paixão e amor é causada
pelo excesso de informações da mídia.
Algumas pessoas confundem atração sexual com amor, enquanto outras buscam
ser cultuadas em vez de amadas.
Para entender o amor, é importante esclarecer seus elementos básicos:
paixão, intimidade e compromisso, que combinados, formam oito formas
diferentes de amar, segundo a teoria de Stenberg (1986). Refletir sobre como
dar e receber amor é fundamental para manter um relacionamento feliz.
Paixão
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Intimidade
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Compromisso
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Desejo passageiro
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X
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Amizade
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X
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Companheirismo
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X
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X
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Amor vazio
|
X
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Amor romântico
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X
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X
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Paixão fugaz
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X
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X
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Amor consumado
|
X
|
X
|
X
|
Inexistência de amor
|
Paixão - Conjunto de reações emocionais, de ordem biológica que visa a
proximidade entre os pares. Geralmente dura até dois anos, podendo
transformar-se em amor ou extinguir-se. Algumas substâncias químicas são produzidas em quantidades maiores
pelo cérebro:
- O efeito da dopamina no cérebro é o mesmo da cocaína: provoca bem estar e quando não está disponível, provoca crise de abstinência, por isso que o contato com a pessoa amada produz sensação de bem estar.
- A produção de feniletilamina, contribui para a formação de novas memórias e isto faz com que os apaixonados se recordem de detalhes minúsculos.
- A produção de oxitocina (nas mulheres) e vasopressina (nos homens), favorece a criação de um vínculo mais sólido e duradouro, levando os apaixonados a desenvolverem comportamento de aproximação.
- Em contrapartida, há uma redução na produção de serotonina, o hormônio responsável por reduzir os níveis de estresse. Por conta disso, as pessoas apaixonadas tendem a apresentar ansiedade acima da sua média, nos primeiros meses, desenvolvendo pensamentos obsessivos e ideias compulsivas, como no Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
- A testosterona também esta nos dois organismos, porém é menor nas mulheres. Seu efeito é notado pelo aumento da libido na mulheres e sua queda provoca menos agressividade nos homens.
Por conta destas tempestades hormonais, as pessoas enamoradas se
arrumam mais, se perfumam, emagrecem, procuram se aproximar de seu
objeto de desejo de todas as formas.
Este processo de apaixonamento costuma levar as pessoas à loucura, pois com a perda parcial do senso crítico há uma tendência à distorção dos fatos.
Os apaixonados tendem a interpretar de forma ampliada os estímulos que se referem ao parceiro afetivo e minimizar os que exigem o uso da lógica.
Este processo de apaixonamento costuma levar as pessoas à loucura, pois com a perda parcial do senso crítico há uma tendência à distorção dos fatos.
Os apaixonados tendem a interpretar de forma ampliada os estímulos que se referem ao parceiro afetivo e minimizar os que exigem o uso da lógica.
- Intimidade – implica em partilhar ocorrências boas e ruins, uma vez que envolve a confiança na pessoa amada. Aliás, um dos aspectos que torna esta pessoa tão desejada é o fato de que ela não se mostra ameaçadora, portanto confiável (observe que este conceito de confiabilidade varia de pessoa para pessoa).
- Se a pessoa é confiável, significa que você poderá contar com ela em diversos momentos. A intimidade é diferente da confluência, pois é possível manter uma relação de intimidade com alguém sem fundir-se a ela, mantendo a individualidade.
- Compromisso – é o engajamento na relação que pressupõe levá-la adiante (até onde for possível), buscando a superação de adversidades.
Desta forma, pode-se compreender que, para que o amor consiga
manifestar-se é necessário que haja paixão,intimidade e
comprometimento.
Porém isto ainda não é suficiente, uma vez que estes elementos raramente surgem juntos, ou na mesma intensidade.
É preciso que haja um elemento adicional, que indica, claramente que um indivíduo é amado. Refiro-me à sincronicidade.
Porém isto ainda não é suficiente, uma vez que estes elementos raramente surgem juntos, ou na mesma intensidade.
É preciso que haja um elemento adicional, que indica, claramente que um indivíduo é amado. Refiro-me à sincronicidade.
A sincronicidade
Pesquisas recentes (Fredrickson, 2013) apontam que o amor é considerado como uma emoção. Da mesma forma que o medo e a raiva, e não é possível senti-lo o tempo todo, ficando sujeito às modificações do contexto.
Para a pesquisadora Barbara Fredrickson, o amor não é duradouro e sim
um micromomento de conexão com outras pessoas.
As evidências sugerem que quando você realmente tem um ‘clique’ com alguém, uma sincronia momentânea, mas discernível, emerge entre os dois, conforme os gestos, a bioquímica e as descargas neurais, se espelhando um no outro em um padrão que denomino ressonância de positividade. (Fredrickson, apud Araia, 2014).
O amor pode ser cego, mas é inteligente.
Para que ocorra o amor, é necessário que os mecanismos cerebrais, responsáveis pelos comportamentos de interação afetiva estejam devidamente sincronizados, e infelizmente, isto não é um procedimento consciente.
Por isso, não se pode obrigar alguém a amar, se isto não for "neurologicamente possível".
A falta de sincronicidade pode levar muitos indivíduos a investirem em relacionamentos fadados ao fracasso, pois procuram a sincronicidade em comportamentos observáveis, gostos parecidos, etc.
Se a teoria de Fredrickson (2013) estiver correta podemos compreender em partes, o motivo que leva alguns apaixonados (e outras pessoas conectadas entre si) a terem os mesmos comportamentos, mesmo que de forma sutil.
Portanto, a correspondência afetiva não se resume a "fazer coisas juntos". Vai muito além disso. Não é objetiva, e sim, subjetiva. As vezes nem é observável a olho nu.
Conclusão:
Para que o indivíduo sinta-se amado (a) é fundamental que esteja
vivencie uma relação onde estejam presentes a paixão, a intimidade e o
comprometimento, e além disso esteja sincronizado com seu
parceiro.
Nos relacionamentos bem sucedidos a sincronicidade equivale a compreender o outro com um simples olhar, imaginar o que o outro pode pensar sobre determinada situação; é colocar-se no lugar do outro com 100% de precisão; é saber com clareza o que o (a) desagrada, imaginando formas de minimizar situações desconfortáveis.
O amor não compreende julgamentos, pressupostos, desconfianças, mentiras, juízos de valores; pressupõe compreensão; pressupõe sincronicidade!
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Referências:
ARAIA, Eduardo. O amor é uma emoção: não é eterno, mas pode ser
infinito.[Online]. Disponível em: http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/140512/O-amor-%C3%A9-uma-emo%C3%A7%C3%A3o-n%C3%A3o-%C3%A9-eterno-mas-pode-ser-infinito.htm.
Acesso em 08 de maio de 2015
FREDRICKSON, Barbara. Amor 2.0: Como Nossa Emoção Suprema Afeta
Tudo o Que Sentimos, Pensamos, Fazemos e nos Tornamos. Cia Ed.
Nacional, 2013.
STERMBERG, R. J. (1986). A triangular theory of love. Psychological Review, 93,
STERMBERG, R. J. (1986). A triangular theory of love. Psychological Review, 93,