Quando falamos de amor, muitas vezes nos limitamos a pensar apenas no amor romântico, aquele que sentimos por um parceiro ou parceira.
No entanto, o amor é muito mais amplo e pode estar presente em diversas relações e situações do nosso cotidiano. Como mencionado anteriormente, existem múltiplas formas de gostar, e cada uma delas é válida e merece ser reconhecida.
Por exemplo, podemos gostar de alguém sem necessariamente concordar com suas atitudes ou comportamentos.
Isso é bastante comum em relações familiares ou de amizade, onde há laços afetivos que nos fazem gostar da pessoa mesmo que discordemos de algumas de suas escolhas.
Também é possível admirar alguém por seu caráter e princípios éticos, sem sentir atração por ela. Essa forma de gostar é bastante presente em relações profissionais, onde podemos ter grande respeito e admiração por colegas ou chefes, mas sem sentir atração física.
Por outro lado, podemos sentir atração por alguém sem confiar ou admirar seu caráter ou comportamento.
Infelizmente, isso é algo comum em relacionamentos abusivos, onde a pessoa pode sentir-se atraída pelo parceiro ou parceira, mas não aprovar seu comportamento violento ou manipulador.
É importante lembrar também que podemos sentir uma mistura de emoções em relação a alguém, como atração, confiança, admiração, mas ainda assim não aprovar algum aspecto de sua personalidade. Nesses casos, é preciso ponderar se o conjunto de qualidades positivas é suficiente para manter a relação ou se é necessário estabelecer limites.
Por fim, é possível que sintamos apenas compaixão ou estabeleçamos um vínculo de cuidado e proteção com alguém, sem necessariamente gostar ou admirar seu caráter. Essa forma de gostar pode ser presente em relações de ajuda ou solidariedade, onde a pessoa pode precisar de apoio emocional, mas não necessariamente ter qualidades que admiremos.
O amor é realmente algo muito particular e pode se manifestar de diversas formas em nossas vidas. É importante termos consciência disso para não limitarmos nosso entendimento do amor apenas a um tipo de relação ou sentimento.
As 8 formas de amor, segundo Steinberg
de acordo com a teoria do psicólogo Robert Sternberg, existem oito formas diferentes de amor, que são compostas a partir de diferentes combinações dos três elementos básicos: paixão, intimidade e compromisso. São elas:
- Amor não correspondido: envolve apenas paixão, sem intimidade ou compromisso.
- Paixão infatuada: apenas paixão e uma pequena quantidade de intimidade ou compromisso.
- Amor vazio: somente compromisso, sem paixão ou intimidade.
- Amor romântico: envolve paixão e intimidade, mas não necessariamente compromisso.
- Amor companheiro: envolve intimidade e compromisso, mas não necessariamente paixão.
- Amor fatuo: combina paixão e compromisso, sem intimidade.
- Amor consumado: envolve os três elementos básicos em quantidades significativas.
- Amor de verdadeiro: a combinação mais completa dos três elementos básicos, com paixão, intimidade e compromisso em níveis elevados e bem equilibrados.
Cada uma dessas formas de amor representa uma combinação diferente dos três elementos básicos e pode ser experimentada em diferentes níveis de intensidade e duração.
É importante lembrar que essas categorias não são mutuamente exclusivas e que muitos relacionamentos podem experimentar diferentes formas de amor em momentos diferentes.
Como a psicoterapia pode ajudar a compreender os sentimentos
Afinal, muitas vezes nos deparamos com emoções confusas e intensas, que podem nos afetar em diferentes áreas da vida, desde o trabalho até os relacionamentos pessoais.
A psicologia pode ser muito útil para ajudar as pessoas que têm dificuldades em lidar com os diferentes tipos de amor e relacionamentos.
Por exemplo, a teoria do psicólogo Robert Sternberg pode ajudar as pessoas a entenderem as diferentes formas de amor e a identificar quais elementos básicos estão presentes em seus relacionamentos. Isso pode ser útil para identificar quais aspectos precisam ser trabalhados para melhorar a qualidade do relacionamento.
A psicologia também pode ajudar as pessoas que sofrem de amor patológico ou dependência afetiva. Esses transtornos podem ser tratados com terapia cognitivo-comportamental, que visa identificar os pensamentos e comportamentos disfuncionais e substituí-los por outros mais saudáveis e adaptativos.
Além disso, a terapia pode ajudar a aumentar a autoestima e a autoconfiança da pessoa, o que pode ser útil para estabelecer e manter relacionamentos saudáveis.
A terapia de casal também pode ser útil para casais que estão enfrentando problemas em seus relacionamentos. A terapia pode ajudar a melhorar a comunicação entre o casal, identificar as expectativas e necessidades de cada um, e encontrar soluções para os problemas que estão afetando o relacionamento.
Em resumo, a psicologia pode ser uma ferramenta poderosa para ajudar as pessoas a lidar com os diferentes tipos de amor e relacionamentos.
Através da compreensão das teorias e abordagens psicológicas, as pessoas podem identificar as causas de seus problemas e encontrar soluções para melhorar a qualidade de seus relacionamentos e suas vidas em geral.
Além disso, a psicologia oferece diversas técnicas e abordagens que podem ajudar a lidar com problemas emocionais, proporcionando uma melhor qualidade de vida e bem-estar.